PT quer recorrer à Mesa Diretora para tentar barrar convocação de ministro Rui Costa em CPI do MST

Bancada petista na comissão também estuda levar "desvios" da CPI para Conselho de Ética

O requerimento para convocar Rui Costa foi aprovado na primeira sessão após a retomada dos trabalhos | (CRÉDITOS: REUTERS/Adriano Machado)

O PT vai recorrer à Mesa Diretora da Câmara para impedir a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse o deputado Alencar Santana (PT-SP), suplente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. A Comissão aprovou, nesta terça-feira (1º), o requerimento que obriga Costa a ir à Comissão.

“Não há nada, nenhum fato nem documento que justifique a convocação do ministro”, disse o deputado.

Convocação

O requerimento para convocar Rui Costa foi aprovado na primeira sessão após a retomada dos trabalhos com o fim do recesso parlamentar. O documento foi retirado duas vezes da pauta, mas os integrantes da oposição já tinham prometido retomar a pauta neste segundo semestre.

Para o primeiro vice-presidente da Comissão, Kim Kataguiri (União-SP), esse tipo de recurso não deve prosperar.

“Eu acho difícil porque o [ex-ministro do GSI] Gonçalves Dias, que tem uma vinculação menor aos fatos do que Rui Costa, teve que comparecer. Imagine o ministro”, disse Kataguiri.

"Nós queremos saber da negociação de cargos entre o MST e o governo. E todo cargo do governo tem que passar pela Casa Civil. Então, tem ligação muito clara" Kim Kataguiri

Nilto Tatto (PT-SP), membro efetivo da CPI do MST, afirmou que a aprovação do requerimento já era esperada pelo partido. “Está terminando o prazo da CPI e eles tentam agora ganhar visibilidade com essa convocação, já que não conseguiram apurar nenhum crime”.

O deputado disse ainda que estuda levar o que considera outros “desvios” da Comissão para a Mesa Diretora da Câmara e para o Conselho de Ética.

Para o parlamentar, o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, nesta terça-feira (1º), teve perguntas fora do tema da CPI e “atuação constrangedora” de alguns parlamentares.

CRÉDITOS: Gabriela Prado da CNN

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