Rodoviários do transporte público da Grande Aracaju paralisam atividades

O Setransp confirmou os atrasos salariais e disse que espera que a situação seja regularizada com o pagamento do subsídio de R$ 24 milhões aprovado pela Câmara de Vereadores para o setor.

Anderson Barbosa/TV Sergipe

Rodoviários do Grupo Progresso, que abrange as empresas Tropical, Paraíso e Progresso, iniciaram uma greve na madrugada desta sexta-feira (1º) por falta de pagamento de salários, incluindo o 13º de 2022 e deste ano. Um grupo está reunido na Avenida Marechal Rondon, em Aracaju, onde fica a sede da empresa.

"A situação está complicada, alguns não estão conseguindo pagar aluguel e estão sendo despejados. A proposta é que retornemos a trabalhar quando houver negociação, mas até agora não apareceu ninguém [da empresa]", disse o representante dos trabalhadores José Denilson Souza.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) confirmou os atrasos salariais e disse que espera que a situação seja regularizada com o pagamento do subsídio de R$ 24 milhões aprovado nessa quinta-feira (30) pela Câmara de Vereadores para o setor.

Já o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra) informou, em nota, que os rodoviários "já vêm sofrendo há anos", mas que eles "entraram em paralisação sem o apoio do sindicato, pois a greve só pode ser feita dentro da lei, comunicando 72h antes à própria empresa, às autoridades e órgãos competentes. O Sinttra havia notificado a empresa Progresso e iria notificar a SMTT, o prefeito da capital e a imprensa, avisando que a greve iria acontecer no dia 11 de dezembro".

Impacto na mobilidade

Segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) da capital, das 29 das 118 linhas que circulam na Grande Aracaju, foram afetadas — cerca de 25% da frota. Na capital, as linhas atendem, principalmente, regiões como Mosqueiro e praias, Augusto Franco e Bugio, além da cidade de São Cristóvão.

A SMTT de Aracaju ainda informou que entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema de transporte e ônibus extras estão sendo colocados em operação para minimizar os impactos da paralisação.

Também disse que a prefeitura vem tomando medidas para minorar a crise que afeta o sistema, a exemplo do subsídio para o transporte e o congelamento da tarifa, além do custeio da gratuidade dos deficientes e acompanhantes que utilizam os ônibus, a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e a revogação da Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO) que estão em vigência há dois anos.

Como fica o Fasc

Nesta sexta inicia o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) e estava programada ampliação da frota para atender o público.

A SMTT de São Cristóvão informou que, caso a greve não seja encerrada a tempo, a prefeitura solicitou para a Viação Atalaia veículos extras para as linhas 307 - São Cristóvão/Zona Oeste, 031- Eduardo Gomes/Centro via Des. Maynard, 713 - São Cristóvão/Mercado via Osvaldo Aranha e o 715 Tijuquinha / Centro via Desembargador Maynard. O órgão também está contatando a empresa Coopertalse.

Por g1 SE


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